10 de Novembro de 1904
Revolta na cidade do Rio de Janeiro.
Os bondes foram tombados, os trilhos arrancados e até o calçamento foi destruído.
Uma explosão de descontentamento popular que, na época, era raro.
Tudo porque o governo e as autoridades sanitárias queriam vacinar a população – livrar o Rio de Janeiro da varíola – doença que matou mais de 35 mil cariocas na segunda metade do século 19.
Além de bairros inteiros serem derrubados por motivos de higiene, uma lei tornou obrigatória a vacinação.
Só que a população, não acostumada com esse tipo de coisa, ficou com medo da vacina e, desinformada, enfrentou a polícia a pedradas por vários dias.
“Se não vacinar, morre”, dizia o governo.
“Se vacinar, mato”, gritavam as pessoas nas ruas.
A coisa ganhou tal dimensão que os políticos de oposição chegaram a pedir a derrubada do presidente da república – na época, o presidente Rodrigo Alves.
O sanitarista Oswaldo Cruz, responsável pela vacinação, não acreditou que a coisa chegou a tal ponto.
Só que o governo da época agiu com dureza e esmagou a rebelião.
Mesmo assim, o governo cancelou a obrigatoriedade, tornando a vacina opcional.
Depois que a poeira baixou, a vacinação em massa correu sem problemas.
Alguns meses depois, a varíola desapareceu do Rio de Janeiro.
Disponível no Blog do programa Trem das Onze da rádio UEL - 10/11/2010
Disponível no Blog do programa Trem das Onze da rádio UEL - 10/11/2010
Hô, ajudou heim, depois de muito tempo procurando algo conciso a respeito deste assunto, até que enfim encontrei, valeu... Tomarei este blog como referência para trabalhos futuros, com certeza!
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